Sete pessoas ficam cegas no Amapá após mutirão de cirurgias contra catarata.





Um mutirão de cirurgias realizado em 4 de setembro como parte do programa Mais Visão no estado do Amapá. O programa é financiado por emendas parlamentares e executado por uma empresa contratada através de um convênio entre o estado e o Centro de Promoção Humana Frei Daniel de Samarate (Capuchinhos).

Durante o mutirão, 104 das 141 pessoas atendidas foram contaminadas pelo fungo Fusarium, causando um tipo raro de infecção ocular chamada endoftalmite. Sete pacientes precisaram passar por uma evisceração, que envolve a remoção do globo ocular do crânio.

A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) iniciou uma investigação para identificar a causa das infecções assim que o problema foi notificado. O programa, que começou em 2020, já realizou mais de 100 mil atendimentos, principalmente cirurgias de catarata.

O governo do estado repassa recursos federais para a entidade Capuchinhos, que contrata uma empresa terceirizada para realizar os procedimentos médicos. Após os incidentes, o programa foi suspenso em outubro. As famílias afetadas estão recebendo suporte médico, transporte e atendimento psicológico.

O Ministério Público do Amapá realizou reuniões com representantes do governo e órgãos envolvidos no incidente do Programa Mais Visão para investigar o ocorrido.

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